sábado, 30 de abril de 2011

Praticando a evangelização Pessoal

  Na evangelização pessoal, o papel do crente é o de instrumento nas mãos de DEUS para levar o pecador a conhecer a JESUS como seu salvador pessoal. Nada de argumentar ou discutir sobre religião, mas sim pregar o evangelho.

Evangelizando com a Bíblia

  A evangelização, para ser eficiente precisa ter base bíblica, isto é, passagens bíblicas são citadas ou lidas para a pessoa que está sendo evangelizada. O crente deve seguir os seguintes passos na evangelização: Dependência de DEUS em espírito de oração; estar consciente de que é um instrumento nas mãos de DEUS para conduzir as pessoas a CRISTO; ler várias vezes as passagens marcadas, se possível decorá-las, e partir em nome de JESUS, certo de que Ele estará presente durante o processo da evangelização.
Segue um esboço bíblico que poderá ser usado na evangelização:
O que pretendemos com a evangelização?
1.       Levar a pessoa a se convencer de que é um pecador
a.       Todos são pecadores (Rom. 3:23)
b.      Manifestações de pecado (Gál. 5:19-21; Apoc. 21:8).
2.       Levar a pessoa a se convencer de que está condenada por causa dos seus pecados
a.       O pecador está separado de DEUS (Rom. 3:23)
b.      O salário do pecado é a morte (Rom. 6:23)
c.       O pecador é um condenado a perdição eterna (Luc. 16:19-31)
3.       Levar a pessoa a conhecer o plano de DEUS para salvá-la
a.       DEUS enviou seu filho por amor (João 3:16-17; Rom.5:8)
b.      Jesus morreu pelos nossos pecados (1 Cor. 15:3.4)
4.       Levar a pessoa, a saber, o que é preciso fazer para alcançar a salvação
a.       Arrepender-se dos pecados (Ez. 18:31; Is 55:7)
b.      Crer em JESUS como salvador (At. 16:31; João 5:24; 6:47)
c.       Confessar os pecados ao Senhor (1 João 1:9; Rom. 10:9,10).
d.      Receber o SENHOR JESUS no coração (Rom. 10:13; Apc. 3:20)
5.       Mostrar a pessoa as recompensas de DEUS para todo aquele que aceita o sacrifício de CRISTO JESUS
a.       Perdão do pecado (Is. 1:18)
b.      Remissão do pecado (2 Cor 5:17)
c.       Justificação do pecado (Heb. 10:16,17)
d.      DEUS recebe o pecador como filho (João 1:12)
e.      DEUS dá ao pecador a vida eterna (João 5:24; 6:47)

Importante! – Depois da exposição do evangelho, fazer o apelo, levando o pecador a aceitar JESUS CRISTO. Se a pessoa preferir pensar no assunto e decidir mais tarde, leia para ela Hebreus 3:15 e Tiago 4:14.
 A informação teórica foi dada, os passos na evangelização foram apresentados. Restam, agora o exercício e a prática, o que cada um fará individualmente.

                                             Verso para reflexão

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Ped. 2:9)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Não deixe para amanhã o que vc pode fazer hoj!!! Alessandra Barragana... um exemplo p/ nós.





Propaganda do novo Axe causa polêmica por anjos cairem do céu



Assista o vídeo com atenção!

Resumo do comercial: Após um rapaz  usar a nova fragrância do desodorante Axe Excite,  Anjas começam a cair do céu sobre a terra, mais especificamente na Itália.
Sete anjas caem do céu atraídas pelo cheiro do desodorante.
A propaganda contém elementos que lembram o ocultismo, adoração a outros deuses e aliança com o diabo.
Anjos ou anjas caindo do céu são representações do exército de Satanás. Foi a rebeldia de alguns anjos liderados por Lúcifer que foram banidos do paraíso por Deus de acordo com o que nos foi ensinado pelo Senhor JESUS:
“E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.”  (Lc 10, 18).

Viu algo estranho? Bom, o que eu vi de errado na propaganda foi:


Vamos começar pelo  Slogans:
“Prepara-te para um poder de atração do outro mundo. Com o novo AXE nem os anjos resistem”
“Com o Novo AXE até os anjos vão cair”
———————————————————————————————————————————————–
Segundo o blog Apocalipse Total o pé da anja principal possui apenas quatro dedos.

 Esta deformação representa a deusa Lilith, conhecida como Lua Negra, que é um demônio que leva as mulheres à insubimissão, lesbianismo e destruição de relacionamentos.
O nome de Lilith tem duas interpretações: “mulher da noite” ou “lilu” (lótus), a flor-Yôni da Grande Mãe, portal da união dos sexos.




Ela representa todo o instinto sexual e rebelde da mulher.
                                                                        Deusa Lilith

Suposta mensagem subliminar é vista em comercial do axe.                                                       

Vamos ver mais algumas da mensagens subliminares na propaganda do desodorante


 



 


A propaganda do desodorante nos chama a atenção devido às cenas exibidas e as mensagens ocultas em sua imagens.

A cena da moto:


 A placa da moto que aparece aos 0:05,3 possui os números BO/62833.


As letras BO somadas na tabela cabalística e no sistema Caldeu é igual a 9 (B=2 e O=7, onde 2+7 = 9) que é o número do cristo cósmico Baha’u’llah, o chifre pequeno que fala grandes coisas ( Daniel 7,8).
No sistema pitagórico o oito( B=2 e O=6, onde 2+6=8) indica o oitavo rei.
O quarto reino que representa o reinado do Anticristo e de seus nove mestres eleitos descrito em Daniel 7,7 está no número 62833, onde (6+2+8+3+3=22 e 2+2=4)
No momento em que os anjos estão caindo várias pessoas acompanham o fato. Há o momento que uma senhora aparece chorando. De acordo com o estudo ela representa o catolicismo, pois acreditam que a entidade feminina que vive no ceú é Nossa Senhora.

    
 A importância do Brasil na Nova Ordem Mundial:

 

Aos 0:15m do vídeo,o Brasil é representado por um garoto que na sua camiseta verde e amarela aparece a palavra “Brasil Suit”. A melhor tradução neste caso, segundo o dicionário Michaelis é a seguinte:
  • 3 servir para, concordar, adaptar-se para,
  • 4 servir, ser conveniente,
  • 5 combinar com,
  • 6 agradar, satisfazer
O papel que o Brasil desempenha é de se adaptar rapidamente tanto na ordem illuminati através de privatizações como em parcerias comerciais com os EUA e aliados…
Comentário pela internet:
“O Aeroporto já vai ser privatizado,  diz jornal- Segundo o jornal Folha de S. Paulo, O país pretende baixar a medida provisória, e entre as medidas, está a abertura de capital Infraero” (Revista Exame) … como na ordem mundial de Baha’u’llah (implantação da unidade da diversidade, agenda gay e parcerias com a China e Rússia).

Uma insinuação

Veja essa foto, você acha que a anja está gravida? ou o que foi tentando nos mostrar?
Bem em baixo eu coloquei dois comentário (o suficiente) para todos notarem o que todos que veem a imagem. 

Dois Comentários pela internet que inclusive foi removido o link para vê-lo.

  • “…Eu não havia percebido a anja grávida. Uma pessoa comentou e faz sentido: se a anja está grávida então ocorreu sexo no céu? Bem. Talvez a “jogada de marketing” possa não ter essa temática. Por que algum publicitário iria inventar uma coisa dessas que iria causar tanta polêmica?…”
  • “…A segunda anja ta grávida ! :O Concordo, isso é uma blasfêmia das grandes. Tão querendo dizer que no céu tem sexo, ridiculo…”
O xale preto arrancado das mãos da dona de Casa
O xale preto é utilizado no ritual da Lua Negra descrito no A lua negra da Transmutação. O documento descreve a necessidade de se oferecer um xale preto a uma deusa anciã. 

A Representação do diabo:

Aos 0:48,5 uma anja passa por uma parede na qual está pixado um horário: 22:45h e se somarmos estes números teremos então o número 13(2+2+4+5=13), que é o número que representa satanás.
Treze é um número sagrado para a maçonaria, e pode significar: Rebelião contra Deus, Transformação. É também utilizado em rituais.
13 são os principaes e Summos Chefes da Maçonaria em todo o globo
O 13 está presente também na nota um dólar e em diversos símbolos e objetos maçonicos.

NCS (Ritual da Lua Negra) representado no capacete e na parede

 

Na mesma cena anterior podemos ver uma inscrição na parade “NCS” e ao pesquisarmos um pouco sobre o assunto, descobrimos que NCS nos remete a uma antiga banda que cantava músicas anticristo e também à descrição de uma das fases da lua, chamada lua negra e que é propícia para rituais satânicos. O que justifica o desenho da lua no capacete do motoqueiro.

Sobre o ritual:
Ao entrar na fase da lua negra, podemos presenciar a transição entre a destruição do velho e a criação do novo. É portanto, um período favorável para rituais de cura, transmutação, renovação e regeneração. o processo de transformação destrói os padrões ultrapassados de condicionamento, comportamento e estruturação, liberando-nos daquilo que não serve mais, aquilo que é limitante, impedindo nossa expansão. 

 É mostrado um senhor cego que aparentemente “” ou presente o que está acontecendo. Em uma relação com a Revelação de João, esta cena tem uma ligação com o final dos tempos pois relaciona aos falsos milagres e sinais que surgirão.
No livro de Marcos, capítulo 13 versículo 22 há a explicação da cena: “Porque se levantarão falsos cristãos e falsos profetas e farão sinais e prodígios para enganarem, se possível, até os escolhidos”. 

O arco de Baha’u’llah

Aos 0:55, uma anja negra passa por um arco que representa o Arco de Baha’u’llah e logo em seguida toca a ponta do muro com a sua asa esquerda. A cena deixa uma sugestão de que ela estava tentando acender um fósforo. Isso representa o fogo espiritual (que é o batismo com o falso espírito santo).

Uma olhar sinistro

Logo em seguida a cena de um senhor de olhar sinistro falando ao telefone remete a ideia de uma conexão com o diabo. 

O número 9 (Nove)

Logo em seguida ela se encontra com mais 6 anjas passam rapidamente pelo número 9. E mais uma vez, obedecendo as leis do Kitab-i-aqdas de Baha’u’llah, com o objetivo de condicionar a humanidade o número9 foi usado de forma subliminar:
“K29. Dize: Este é aquele conhecimento oculto que jamais há de mudar, pois inicia-se com o nove, o símbolo que representa o Nome oculto e manifesto, inviolável e inacessivelmente excelso (..) Atendei às injunções que vos foram impostas por Aquele que é a Aurora da Expressão. Os sinceros entre os Seus servos hão de considerar os preceitos (..) como a Água da Vida para os seguidores de todas as crenças..” (Kitáb-i-aqdas- Baha’u’llah)
O sentido de inversão do número 9 aparece na cena em que as seis anjas ficam próxima dele. 
“K-157. Vede: o “mistério da Grande Inversão no Símbolo do Soberano” tornou-se agora manifesto. Feliz quem (…) ajudou a reconhecer o “Seis” erguido em virtude deste [1] “Alif Aprumado”; ele, em verdade, é um dos que têm verdadeira fé…”
A inversão dos número 6 e 9 também pode ser vista na placa da moto do rapaz que as anjas sentem a fragrância do desodorante . As letras “AH” representam o seguinte no sistema de tabelas cabalístico:
  1. No pitagório o número 9 (A=1 e H=8, onde 1+8=9) .
  2. No caldeu o 6 ( A=1 e H=5, onde 1+5=6).
Vale lembrar que a palava “Axe Excite” possui nove letras; representando assim as fragrâncias unificadoras de Baha’u’llah, unindo humanos e anjos caidos (que farão o papel de espíritos guias da humanidade) na sua nova ordem mundial. 

Significado místico das sete anjas

O número sete representa as sete cabeças da besta, conhecido no bahaismo como a revelação progressiva. Observe que elas caem do céu e também representam supostos manifestantes solares vindos para guiar a humanidade.
O fato do vídeo se passar na Itália chama a atenção para sinais na tumba do Papa João Paulo II, o mesmo que no dia 1º de maio de 2011 será proclamado santo. Em 2012 será completado sete anos da sua morte e as anjas representam muito bem esse sinal, pois falta apenas um ano para as comemorações.
As anjas estão divididas na seguinte proporção: três vestidas de branco (1-1-1), três vestidas de bege,(1-1-1) e uma vestida de marrom: (1 ). A distribuição na proporção 3 representa a trindade satânica formada pela besta de dois chifres e o anticristo e no mundo espiritual o cristo cósmico, a Rainha dos céus e o demônio estrela renfã (na sua forma final de uma estrela de nove pontas).
A anja negra isolada na proporção (1) indica a importância da África na nova ordem mundial de Baha’u’llah, pois eles são os guardiões da arca mágica. 

As anjas entram em rebeldia

Na cena final da propaganda, as anjas entram em rebeldia, quebram suas auréolas e se rendem aos desejos canais. A intenção do vídeo é promover e motivar a prostituição espiritual através de orgias. 

Ritual de ocultismo

O quarto do rapaz possui algumas velas acesas (na geladeira no fundo da cena) que também indicam iniciação ao relacionamento com demônios semelhantes a Lilith (Lua Negra). 
A cena por si, já diz muita coisa, repare as penas da asas das anjas em cima da cama (não precisa entrar em detalhe), a propaganda termina com o slogan:
Com o Novo AXE até os anjos vão cair
A propaganda também é um culto a deusa Lilith é muito comum a oferenda de sete velas para se praticar a prostituição.
Ela também é uma personificação de Jezabel como descrito abaixo:
“Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.” (Ap 2, 20) 

No satanismo Lilith dirige as 7 Esferas infernais (por isso sete anjas no comercial) , onde reina o  homossexualismo, o lesbianismo,  taras e todos os tipos de depravação.



 



 


 

 




segunda-feira, 25 de abril de 2011

Qual o objetivo destas manifestações? Em que nos edificam?

O Pr Orkut ... um absurdo!!! Tem mta Gente sendo engadana.

Qual é o propósito disso?????

Absurdo... A Garrafada do Poder

MANIFESTAÇÕES ABSURDAS

EM QUE SOU EDIFICADO COM ESTE MOVIMENTO?

Que absurdo!!! Limpeza espiritual com saboenete de arruda.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Video da resposta de Albert Einstein ao seu professor diante da pergunta "Deus Existe?"

John Wesley - Heróis da Fé

 Em 28 de junho de 1703 nascia em Lincolnshire, na Inglaterra, o fundador da Igreja Metodista Wesleyana: John Wesley, cuja esposa chamava-se Susanna, era o 12º dos dezenove filhos do reverendo Samuel Wesley, um pároco de Epworth.

Quando completava seis anos, quase perdeu a vida num incêndio à noite, provocado por um grupo de malfeitores. O fogo se alastrava no teto de palha da paróquia onde eles moravam, começando a estilhaçar brasas sobre as camas. Subitamente, Hetty Wesley, um dos irmãos menores, acordou assustado e correu até o quarto de sua mãe. E logo todo mundo estava em pé, tentando conter o domínio das chamas, enquanto a pequena criada, agarrando o bebê Charles nos braços, chamava as crianças para um lugar mais seguro. A essa altura, Twice Susanna Wesley forçava a porta contra as costas, numa tentativa desenfreada de proteger-se.


A família finalmente conseguiu sair de casa e, apavorada, reuniu-se no jardim, pois descobrira que o pequeno Jeckie havia ficado lá dentro dormindo. Voltaram correndo, mas era tarde: a escada estava em cinzas e tornava impossível resgatá-lo. O rapaz chegou até aparecer na janela, porém não podiam segurá-lo, visto que a casa ficava no segundo piso. Todavia, um pequeno homem pulou sobre o largos ombros do pai de Wesley e, num esforço desmedido, conseguiu salvar a criança.


Um Estudante de Cristo


Conseqüentemente, uma profunda ternura passou a residir no coração de Jackie que, mesmo depois de homem, considerava que havia escapado aquela noite porque Deus tinha um propósito muito especial em sua vida. Várias vezes ele chegou a comemorar este dia em seu diário secreto que escreveu: "Arrancado das Chamas".


Seis anos depois, em Charter House School, Jeckie matriculou-se na Universidade em Oxford, tornando-se um estudante da igreja de Cristo. Quatro anos mais tarde graduou-se em bacharel de artes e em 1726 foi eleito acadêmico do Colégio Lincoln.


Enquanto John Wesley era ordenado ao ministério e ajudava o pai em casa, Charles, o irmão mais novo, organizava em Oxford um pequeno grupo de estudantes para orações regulares, estudos bíblicos e outros serviços cristãos. O Clube Santo, como era chamado, incluía vários integrantes, que, mais tarde, tornaram-se pioneiros de um avivamento, ocorrido no século XVIII, destacando-se, entre outros, George Whitfield.


Obedecendo ao Senhor, John Wesley viajou para colônia em Georgia, como capelão, em 1736. Charles nesta época era secretário do governador e o piedoso trabalho em Georgia, embora com muitas lutas, teve sucesso mais tarde. O reverendo George Whitfield, depois de visitar a sede do movimento, escreveu: "O eficiente trabalho de John Wesley na América é impressionante. Seu nome é muito precioso entre o povo, pois tem edificado as fundações que, espero, nem homens nem demônios a abalem".


Aprendendo a Confiar


Em contato com German Moravian Christians na América, Wesley questionava sobre as verdades cristãs. Sabia muito bem que o êxito de seus trabalhos estava nas mãos de Deus e, por isso, começou a buscá-lo em oração. Não demorou muito tempo e, em 24 de maio de 1738, acabou encontrando a resposta quando, de volta para a Inglaterra, resolveu registrar tudo quanto acontecera naquele dia: "A tarde, visitando a sociedade em Aldersgate Street, li o ‘Prefácio da epístola aos Romanos’ na versão de Lutero, cujas palavras tocaram-me profundamente. Senti meu coração bater fortemente. E, desde aquele momento, aprendi a confiar em Cristo como meu Salvador. Estou seguro de que os meus pecados estão perdoados. Me salvei da lei do pecado e da morte". Esta experiência mudou o rumo da vida de Wesley que, a partir daquele momento, passou a ser uma nova criatura, sendo consagrado o maior apóstolo da Inglaterra.


John Wesley começou o trabalho de pregação ao ar livre quando viajava para Bristol a fim de ajudar George Whitfield, que na época era conhecido como o mais eloquente pregador da Inglaterra. Wesley, a princípio, rejeitou a idéia, mas uma vez convencido da vontade de Deus, acabou se tornando mais famoso que Whitfield. Viajava 11 quilômetros por ano. Experimentou os mais cruéis sofrimentos e oposições em toda sua vida. Estava frequentemente em perigo.


Embora fosse sábio e proeminente, o itinerante evangelista era um homem simples e executou muitas obras sociais. As suas poderosas mensagens muito influenciaram a igreja que, no ano de 1739, adquiriu uma sede para o movimento protestante, que crescia vertigiosamente. Comprou uma casa de fundição em ruínas, na cidade de Moofield, e transformou-a num templo. O prédio passou por uma rigorosa reforma que custou, na época, 800 libras (quantia superior ao da compra que foi de 115 libras), mas valeu a pena. Depois de pronta, a capela passou a comportar cerca de mil e quinhentas pessoas.


Era o primeiro edifício metodista em Londres, onde a verdadeira doutrina de Cristo era proclamada. Pessoas sedentas por ouvir a gloriosa mensagem do evangelho cruzavam todos os domingos a escuridão das estradas de Moorfield com lanternas, para ouvir os ensinamentos de Wesley. O prédio dispunha de sala de reuniões, com capacidade para 300 pessoas, sala de aula e biblioteca.


Mais tarde, John Wesley instalou a sua própria casa na parte superior da capela, onde passou a morar com a sua família. Em 1746, abriu um centro de atendimento médico e escola gratuitos, com capacidade para 60 estudantes, contratou farmacêutico, cirurgião e dois professores e, em 1748, alugou uma casa conjugada para refugiar viúvas e crianças.


Muitos foram os patrimônios conseguidos pela igreja durante os 40 anos do movimento metodista em Moorfield, organizada por John Wesley. Entretanto, devido a expiração do contrato imobiliário, a sede teve de mudar-se para um outro lugar.


Próximo dali, em City House, encontrava-se um vasto campo onde jaziam os túmulos de Bunhill Field e o de sua esposa Sussana Wesley. Um lugar de pântanos, recentemente aterrado, onde foi construída a catedral de Saint Paul. Havia também no local algumas pedras de moinho, utilizadas para moer milho trazido do Thames, que era transformado em trigo.


John Wesley alugou quatro mil metros quadrados destas terras em 1777 para construir a nova capela. E, finalmente, em 21 de abril do mesmo ano, sob forte chuva, lançou a pedra fundamental, com a seguinte gravação: "Provavelmente, esta pedra não será vista por algum olho humano, mas permanecerá até que a terra e o trabalho sejam consumados". Naquele dia, Wesley improvisou um púlpito sobre a pedra e pregou em Nm 23.23.


A Recompensa


Em 1 de novembro de 1778, dezoito meses depois, no Dia de Todos os Santos, a capela estava próxima de ser aberta para a adoração pública. Apesar dos ventos das dificuldades (além de ter contraído muitas dívidas, os trabalhadores tiveram as ferramentas roubadas), Deus recompensou grandemente o esforço de Wesley, levantando voluntários dentre os membros. O rei George III, por exemplo, doou mastros de navios de guerra para o suporte das galerias.


Conta a história que um certo dia Wesley ficou de um lado do templo e Taylor, um dos cooperadores do outro, com os chapéus nas mãos, e conseguiram arrecadar 7 libras; o suficiente para a conclusão das obras. Toda a galeria foi coberta com gesso e os bancos de madeira de carvalho, doadas pelas igrejas da América, Canadá, Sul da África, Austrália, Oeste da Índia e Irlanda. As janelas vitrificadas, as impressões no teto foram trabalhados no estilo Adams (réplica antiga), e a casa de Wesley construída num pátio em frente à capela. Estas raridades, depois de reformadas em 1880, no centenário da morte de Wesley, memorizam as epopéias deste bravo soldado de Cristo.


Sua Morte


Mesmo depois de velho quase cego e paralítico, John Wesley continuava pregando em City Road e Latherhead. E, quando percebeu que sua vida estava chegando ao fim sentou-se numa cama, bebeu um chá e cantou:


"Quando alegre eu deitar este corpo e minha vida for coroada de bênção, quão triunfante será o meu fim! Eu glorificarei a meu Criador enquanto tenho fôlego; E, quando a minha voz se perder na morte, empregarei minhas forças; em meus dias o glorificarei enquanto tiver fôlego até o fim de minha existência".


Wesley foi enterrado no Jardim-túmulo, em frente à capela em City Road, sob as luzes das lanternas, na manhã de 2 de março de 1791. Morreu com os olhos abertos e balbuciando a seguinte palavra: "Farwell" (adeus). Cerca de 10 mil pessoas acompanharam o funeral. E a lápide até hoje indica o significado histórico: "À memória do venerável John Wesley: o último companheiro do Lincoln College, Oxford..."

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ESCOLA DOMINICAL- O que é o Batismo com o Espirito Santo

Texto Base: Atos 2:1-4,7,8
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”(Atos 2:2,3).

Introdução:

Que tal comemorar o centenário cheio do Espírito Santo e falando em novas linguas?
O crente batizado com o Espírito Santo goza do privilégio de uma comunhão mais profunda com Deus, de uma vida de oração mais poderosa, de mais capacidade para entender a Palavra de Deus. Ele pode suportar as provações, as tentações com mais facilidade.
O Batismo com Espírito Santo é o revestimento e derramamento de poder do Alto - “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós…”(Atos 1:8) -, com a evidência física inicial de línguas estranhas, conforme o Espírito Santo concede, pela instrumentalidade do Senhor Jesus, para o ingresso do crente numa vida de mais profunda adoração e eficiente serviço para Deus.


I. O QUE NÃO É O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO
 
1. O batismo com o Espírito Santo não é a regeneração espiritual do pecador. O Novo Nascimento, ou Regeneração, ao lado da Justificação, da Adoção e da Santificação, é parte integrante do processo de Salvação, enquanto que o Batismo com o Espírito Santo é uma promessa e uma benção para o crente salvo.
Portanto, a experiência do novo nascimento e do Batismo com o Espírito Santo são distintas, sendo que esta última deve ser, necessariamente, antecedida da primeira, ou seja, o batismo com o Espírito Santo é uma experiência que se segue à conversão na vida espiritual do crente. Após ter nascido de novo, o homem tem à sua disposição a possibilidade de ser revestido de poder, de receber poder divino para que, assim, possa, de uma forma plena e eficaz, ser testemunha de Jesus Cristo neste mundo.
 
Veja o exemplo dos irmãos da igreja de Éfeso que Paulo relata em Atos 19:1,2, por ocasião de sua terceira viagem missionária. Aqueles homens eram salvos - foram chamados de discípulos; Paulo ao dizer “quando crestes” entendeu que o problema da Salvação estava resolvido visto que ele sabia que a Salvação se resolve crendo em Jesus, como ele mesmo tinha afirmado em Filipo, ao Carcereiro - “Crê no Senhor Jesus Cristo e será salvo…”(Atos 16: 31). Assim, Paulo não pregou a salvação para eles - Paulo reconheceu que eles eram salvos.
Apolo é mais um exemplo de um homem salvo que não era batizado com o Espírito Santo. Está escrito que ele conhecia “somente o batismo de João”, porém era um homem fervoroso de espírito e poderoso nas Escrituras (ler Atos 18: 24-25). Apolo era salvo, regenerado, conhecia Jesus, mas, não conhecia o Espírito Santo. Portanto, o batismo com o Espírito Santo não é a regeneração espiritual do pecador. 2. O batismo no corpo de Cristo não é batismo com o Espírito Santo. Não podemos confundir o batismo com Espírito Santo com o batismo descrito em 1Co 12:13; Gl 3.27; Ef 4.5. Nestes textos sagrados, trata-se de um batismo figurado, apesar de real. Todos aqueles que experimentaram o novo nascimento (João 3:5)são imersos no corpo místico de Cristo (Hb 12:23; 1Co 12:12ss). Nesse sentido, todos os salvos são batizados pelo Espírito Santo, mas nem todos são batizados com o Espírito Santo. Portanto, o Batismo no Corpo de Cristo não é o Batismo com o Espírito Santo.
É possível ser Batizado no Corpo de Cristo e não ser Batizado com o Espírito Santo. Mas, não é possível ser Batizado com o Espírito Santo sem ter sido Batizado no Corpo de Cristo. O Batismo com o Espírito Santo é um ato espiritual, invisível e é realizado somente por Jesus, conforme afirmou João Batista -”…ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo”(Mt 3: 11).
 
3. O batismo com o Espírito Santo não é uma experiência exclusiva dos dias apostólicos. A maior parte dos chamados evangélicos tradicionais (ou reformados), ou seja, as denominações evangélicas surgidas durante a Reforma Protestante, movimento de renovação espiritual surgido a partir do século XV na Europa e que teve, entre outros, grandes expressões nas figuras de Martinho Lutero e João Calvino, não aceitam que o batismo com o Espírito Santo seja uma realidade para os nossos dias. Argumentam que o derramamento do Espírito Santo foi um acontecimento restrito ao dia de Pentecostes ou, quando muito, aos tempos apostólicos, algo como a própria inspiração do Espírito Santo que resultou na elaboração do Novo Testamento. Entretanto, este entendimento não pode ser aceito, porque não tem respaldo bíblico, pois a Bíblia diz que no dia de Pentecostes, Pedro já dá a amplitude desta operação do Espírito Santo, ao invocar a profecia de Joel a respeito do derramamento do Espírito. O texto sagrado deixa-nos bem claro que a promessa estava reservada para os últimos dias, até o grande e glorioso dia do Senhor (At 2:16-20), reforçando, ao término da pregação, que a promessa dizia respeito tanto a judeus quanto a gentios, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar (At.2:39).
Não bastasse isso, vemos que um dos objetivos do batismo com o Espírito Santo é a devida preparação para a obra de evangelização, algo que é próprio e característico do período da graça (Lc 24:49; At 1:8). Não eram apenas os discípulos da geração apostólica que deveriam pregar o Evangelho, mas a grande comissão é tarefa de toda a igreja, como nos deixam claro as expressões de Jesus, que são dirigidas a toda a igreja (Mc 16:15 e At 1:8), assim como os ensinamentos de Paulo a este respeito (1Co 9:16; 2Tm 4:1,2). Ora, diante disto, temos que o batismo com o Espírito Santo é uma operação que deve perdurar enquanto a igreja estiver pregando o evangelho, o que acontecerá até o final do período da graça (Mt 24:14; Ap 22:17).
É bom ressaltar que os resultados vividos pela Igreja a partir do despertamento espiritual experimentado a partir do final do século XIX é o avivamento mais duradouro que se tem notícia desde então, com a evangelização de praticamente todo o mundo. Isto mostra-nos, claramente, que nos encontramos no período da “chuva serôdia” descrita pelo profeta Joel (Jl 2:23), ou seja, que nos encontramos no término da dispensação da graça e que, portanto, como nunca, estamos vendo que o batismo com o Espírito Santo é algo que é indispensável e necessário para que a Igreja cumpra o seu objetivo e para que, juntamente com o Espírito Santo, encontre-se com o Senhor nos ares. Maranata!
 
II. O QUE É O BATISMO COM O ESPÍRTO SANTO
O batismo com o Espírito Santo é uma demonstração do poder de Deus, é uma exuberante oportunidade em que o Espírito Santo usa um servo de Deus para magnificar o nome do Senhor e levar o mundo a conhecer as grandezas de Deus, por intermédio da sobrenaturalidade. No instante em que as pessoas regeneradas recebem o batismo com o Espírito Santo, começam a falar com Deus, a exaltá-lo, a louvá-lo, a glorificá-lo de uma forma evidente e que pode ser notada e contemplada por muitas pessoas (como aconteceu no Pentecostes).
O batismo com o Espírito Santo é uma promessa de Deus feita no Antigo Testamento(Jl 2:28-32) e cumprida no Novo Testamento(At 2:1-4). Essa promessa é concedida a todos os que crêem em Cristo, e não há qualquer versículo no Novo Testamento que comprove que essa experiência ficou restrita à época dos discípulos. É algo a ser vivenciado pela Igreja em nossos dias.
 
1. O falar em línguas como sinal do batismo. O sinal das línguas estranhas foi estabelecido para ser o sinal característico e identificador do batismo com o Espírito Santo, não havendo qualquer outro sinal que tenha sido indicado nas Escrituras como sendo a prova de que alguém foi batizado com o Espírito Santo. Alguns, entretanto, sem qualquer respaldo bíblico, procuram identificar outros sinais (como alegria, amor, conhecimento bíblico, santificação) para o batismo com o Espírito Santo, o que deve ser repelido pelos servos de Deus, já que as Escrituras são bem claras ao apontar como único sinal do revestimento de poder as línguas estranhas.
A Base Bíblica para esta afirmação está no Livro de Atos dos Apóstolos, onde dos cinco casos registrados, em que houve batismo com Espírito Santo, três deixam bem claro que os que foram batizados falaram em “línguas estranhas”.
a) Os três, lugares onde se afirma, claramente, ter havido “línguas estranhas” quando os crentes foram batizados com o Espírito Santo: Jerusalém, em Judá; Cesaréia, em Samaria; Éfeso, na Ásia Menor. São três ocasiões diferentes: Jerusalém, ano 29 d.C.; Cesaréia, provavelmente entre 40 e 42 d.C.; Éfeso, por volta de 53 ou 54 d.C., durante a Terceira Viagem Missionária de Paulo. Nestes três lugares estavam reunidas pessoas diferentes umas das outras - diferentes do ponto de vista social, econômico e cultural.
Em Jerusalém - cerca de 120(Atos 1:15), eram todos judeus, todos seguidores de Cristo - Apóstolos e Discípulos, incluindo a mãe de Jesus(Atos 1:14). Do ponto de vista social, econômico e cultural, era um grupo formado por pessoas simples e humildes. Estavam numa reunião de oração e buscavam o batismo com o Espírito Santo, conforme o Senhor Jesus havia ordenado (Lc 24:49 e Atos 1:8).
Em Cesaréia - o grupo de pessoas ali reunidas era formado por gente importante, do ponto de vista social, econômico e cultural. Nenhum deles conhecia Jesus. A reunião foi na casa de Cornélio - “… centurião da corte chamada Italiana”(Atos 10:1). Este Centurião reuniu em sua casa - “… os seus parentes e amigos mais íntimos”(Atos 10:24). Sendo Romano, seus parentes também eram; sendo um homem importante e poderoso, seus “amigos mais íntimos”, certamente não eram as pessoas pobres e humildes de Cesaréia.
Em Éfeso - eram “… ao todo, uns doze varões”(Atos 19:7). Sabemos que já eram discípulos. Não temos informações materiais sobre eles. Certamente eram ex-adoradores de Diana, a “deusa” dos Efésios(Atos 19:28).
Pelo exposto, pode-se afirmar que, do ponto de vista material, nada havia em comum entre estes três grupos. Reuniram-se em locais diferentes e distantes; as reuniões foram realizadas em tempos também diferentes. Porém, do ponto de vista espiritual, houve algo em comum: todos ouviram a exposição da Palavra de Deus; todos creram que Jesus, de Nazaré, era o Filho de Deus; todos o aceitaram como seu Salvador; todos foram batizados com o Espírito Santo; e todos, quando foram batizados, falaram em “línguas estranhas”.
b) Os dois lugares onde não se diz, claramente, ter havido “línguas estranhas”: Samaria e Damasco.
Samaria - Samaria recebeu a Palavra de Deus por intermédio de Filipe(Atos 8:5-8). Pelo relato do que houve em Samaria não restam dúvidas de que Filipe não era, apenas, Pentecostal, mas, era, também, um homem cheio do Espírito Santo. É possível ser pentecostal e não ser cheio do Espírito Santo. Quando Pedro e João ali chegaram, enviados pela Igreja de Jerusalém, então “…oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo…Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo”(Atos 8:15-17). Este é o relato bíblico. Não foi registrado o falar em “línguas estranhas”.
O que leva a crer que houve “línguas estranhas” é a atitude de Simão, o mago: “E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro”(Atos 8:18). Acredita-se, portanto, que quando Pedro e João oraram e os crentes receberam o batismo com o Espírito Santo, Simão viu alguma coisa que ele não tinha visto antes. Esta coisa teria sido o falar em “ínguas estranhas”. É claro que se este fosse o único caso registrado na Bíblia, não se poderia formar doutrina com base em ilações, ou suposições.
Damasco - o caso de Paulo. É claro que Paulo era batizado com o Espírito Santo e que tinha o Dom de “variedades de línguas”. Ele deixou isto bem claro aos Coríntios, quando afirmou: “Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos”(1Co 14:18). Dizer, aqui, que Paulo era um poliglota e que estava se referindo a línguas humanas, como afirmam alguns, é forçar o entendimento e torcer a Palavra de Deus. Todavia, em Damasco, o que a Bíblia registra é: “E Ananias foi, e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado”(Atos 9:17,18). Deduz-se que ali Paulo foi batizado com o Espírito Santo pela declaração de Ananias: “… o Senhor Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo”.
É possível crer que, em Damasco, Paulo tenha sido batizado com o Espírito Santo, porém, Lucas não registrou ter ele, ali, falado em “línguas estranhas”. O fato de ter falado é uma dedução lógica de quem crê que o falar em “línguas estranhas” é a evidência física do batismo com o Espírito Santo. É claro que com esta passagem bíblica e com a descrita em Atos 8, o caso de Samaria, não se poderia firmar um princípio doutrinário sobre “Línguas Estranhas como evidência inicial do Batismo com o Espírito Santo”. Todavia, é possível firmar um Princípio Doutrinário baseado nas três passagens bíblicas: Atos 2:2-4; Atos 10:44-47; Atos 19:1-7, onde se afirma, literalmente, que os que foram batizados com o Espírito Santo falaram em “línguas estranhas”.
 
2. O dom de variedade de línguas(1Co 12:10). É o dom concedido pelo Espírito Santo a alguns crentes para que falem em “línguas estranhas”, de forma sobrenatural, para o fim de edificação própria de quem fala. É o dom mais disseminado no meio do povo de Deus, até porque é, também, aquele que é mais buscado. Este Dom não se confunde com o sinal do batismo com o Espírito Santo. O sinal do revestimento de poder é o falar em “línguas estranhas”, mas o dom de “variedade de línguas” é algo diverso, pois se trata de uma comunicação que se estabelece em mistério entre Deus e o homem, uma comunicação direta do espírito humano com o Espírito de Deus, tanto que o intelecto humano dele não participa. Sua finalidade, como vimos, é promover a edificação espiritual individual daquele que fala.
Diz a Bíblia que a língua estranha como dom espiritual é repartida particularmente pelo Espírito Santo a quem Ele quer, ou seja, não é uma bênção que seja distribuída a todos os crentes batizados com o Espírito Santo, mas tão somente a quem o Espírito Santo quer. O próprio apóstolo Paulo afirmou, em 1Coríntios 12:2, que havia aqueles que falavam em língua estranha, prova de que não eram todos os que falavam em língua estranha.
O dom de línguas, portanto, não é para todos, mas para alguns, ainda que seja, historicamente, o mais disseminado dos dons espirituais, o que se compreende tanto pelo fato de que se trata de um instrumento de edificação individual, quanto pela circunstância de ser o dom mais buscado pelos crentes, a ponto de Paulo ter tido necessidade de pedir aos coríntios que buscassem mais os dons de profecia e o de interpretação das línguas.
Todos os batizados com o Espírito Santo falam em língua estranha quando recebem o revestimento de poder, mas nem todos têm o dom de línguas, então há um grupo de crentes que, apesar de ser batizado com o Espírito Santo, não possui o dom de línguas e, por conseguinte, apesar de ter falado em língua estranha no instante do batismo, não mais falará dali por diante. A existência deste grupo deve ser aqui realçada, pois, inadvertida e erroneamente, há muitos que acham que, se alguém foi batizado com o Espírito Santo e deixou de falar em língua estranha, precisa ser renovado, não está bem espiritualmente, pecou ou fez algo que não era da vontade de Deus. Nem sempre podemos assim considerar, pois nem sempre quem é batizado com o Espírito Santo, recebe o dom de línguas.
 
3. A finalidade do dom de línguas. Sendo um dom espiritual, tem como finalidade a edificação, a construção espiritual do povo de Deus. O dom de línguas tem, assim, um fim diverso do sinal do batismo com o Espírito Santo. Este fim, diz-nos Paulo, é, em primeiro lugar, a edificação individual do falante (1Co 14:4); em segundo lugar, permitir que a mensagem que serve de edificação individual do falante possa ser interpretada e seja conhecida por toda a igreja que, assim, poderá compartilhar desta edificação do falante (1Co 14:5).
Muitos têm confundido barulho com fervor espiritual, esquecendo-se que, nas Escrituras, o barulho que chama a atenção da multidão é o da língua estranha enquanto sinal do batismo com o Espírito Santo(1Co14:22), não enquanto dom espiritual. A inobservância desta regra bíblica somente trará escândalo e prejuízo à causa do Evangelho (1Co 14:23). Será que as pessoas que têm causado barulho intenso nas reuniões da igreja local, que perturbam a reunião, que impedem que as pessoas ouçam a mensagem, em especial as que não são crentes, costumam passar horas em oração, nas madrugadas, falando em línguas com o Senhor? Será que são pessoas que têm efetiva intimidade com Deus ou querem apenas aparecer, nas reuniões, tomando para si uma atenção que deveria estar voltada apenas para o Senhor? Será que têm sido demonstrações do poder de Deus ou instrumentos do adversário para atrapalhar a operação divina em nossas reuniões?
 
III. A EXPERIENCIA DE ATOS CAPÍTULO 2
1. Glossolalia. É popularmente conhecida como “línguas estranhas“. É a manifestação física do enchimento do Espírito Santo. Na “Glossolalia” as palavras não são ditas pela mente do homem, mas, são inspiradas pelo Espírito Santo. É o falar não movido pela vontade, e, sim, é o falar sob a unção do Espírito. Esse falar pode ser em línguas conhecidas e faladas pelo homem, como aconteceu em Jerusalém no dia de Penteconstes - “… cada um os ouvia falar na sua própria língua” -, como também pode ser em línguas não faladas pelo homem, e só entendidas por Deus - “… o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala em mistérios”(1Co 14:2). Todavia, quer sejam línguas humanas, ou espirituais, é certo que o homem não está falando numa língua que tenha aprendido.
Glossolalia” nada tem a ver com a capacidade de aprender e falar noutros idiomas, que chamamos de “Poliglotismo“. Esta capacidade trata-se de línguas, ou idiomas aprendidos por aquele que fala; é um Dom Natural concedido por Deus através de sua Graça Comum. Com este dom a pessoa possui facilidade para aprender e falar muitos idiomas. É o que chamamos de poliglota.
2. Xenolalia. Ocorre quando uma pessoa fala ou faz uma oração em línguas que expressam uma linguagem humana real, tal como espanhol, francês ou alemão, que era até então desconhecida para o indivíduo. “No dia de Pentecostes, os crentes cheios do Espírito Santo falaram num idioma desconhecido para eles, mas, como a cidade de Jerusalém estava repleta de estrangeiros, estes puderam tomar conhecimento da mensagem do Evangelho em sua própria língua. O que vemos em Atos 2 foi uma concessão divina, afim de que muitos pudessem crer em Jesus e receber a salvação. Foi um sinal para os incrédulos. Foi o batismo com o Espírito Santo acompanhado, simultaneamente, de uma mensagem de salvação“(LBM -Pr. Elienai Cabral).
Portanto, a experiência do batismo no Espírito Santo está atrelada à obra de evangelismo, de proclamar a Jesus como único Salvador, e o livro de Atos nos aponta que o sinal evidente desse enchimento é o falar em outras línguas.
 
3. Atualidade das manifestações espirituais. A atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos Dons espirituais é confirmada pelas Escrituras e experiência cristã. Se estas manifestações espirituais cessaram após a morte dos apóstolos, por que Paulo escreveria a igreja de Corinto para que buscassem ardentemente os dons e zelassem por ele, sabendo que os dons não durariam mais do que 50 anos? Não há qualquer analogia plausível para sustentar tal absurdo. A experiência pentecostal de incontáveis cristãos, em todas as épocas e lugares, é evidência complementar da atualidade dos dons conforme a verdade bíblica, pois, como disse o apóstolo Pedro, ” a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”(Atos 2:39).
 
CONCLUSÃO
O Batismo com o Espírito Santo pode fazer a diferença entre dois crentes, assim como a tração em quatro e em duas rodas faz a diferença entre dois carros. Em terreno nivelado, em estradas asfaltadas, com o tempo bom, pode-se não notar a diferença entre um carro com tração nas quatro rodas e outro com tração em apenas duas. Porém, na vida espiritual, nem sempre estamos na planície, há vales e montes; nem sempre caminhamos por estradas asfaltadas e caminhos floridos; existem estradas de lama, caminhos estreitos e esburacados; nem sempre o tempo é bom e o céu é azul; enfrentamos tempestades, vendavais, calor e frio, nuvens negras e carregadas, prontas a desabar sobre nós. Nesses momentos o Batismo com o Espírito Santo pode fazer a diferença - engata-se uma reduzida, perde-se em velocidade, mas ganha-se em potência. Em mecânica, reduzida é uma engrenagem especial que possuem certos veículos. Quando usada, o veículo tem diminuída sua velocidade, mas aumenta sua força de tração.
Todos os Salvos precisam ser Batizados com o Espírito Santo, pois, nos momentos necessários pode-se fazer uso deste poder sobrenatural que é derramado sobre aquele que é Batizado com o Espírito Santo. Neste caso a travessia do deserto se tornará mais fácil e a certeza de chegar à Canaã Celestial torna-se muito maior.